Sortes diferentes para os Pilotos da ARC SPORT
COMEÇO DE TEMPORADA COM MUITA CHUVA E
ALGUNS AZARES
As
condições atmosféricas muito adversas contribuíram para sortes diferentes dos
cinco pilotos apoiados pela ARC Sport na prova inaugural do Campeonato
de Portugal de Ralis. Ernesto Cunha e Valter Cardoso acabaram por ter um
começo de temporada positivo, enquanto Paulo Caldeira e Carlos Magalhães
também concluíram a prova com bons indicadores para o futuro. Pelo caminho
ficaram Rúben Rodrigues e Hugo Magalhães, já na parte final da prova,
bem como Pedro Almeida e António Costa logo na segunda especial do rali.
Paulo Neto e Nuno Mota Ribeiro também não conseguiram terminar o Rali
Serras de Fafe 2025.
Ernesto
Cunha e Valter Cardoso
acabaram por alcançar um resultado que se pode considerar positivo nesta agitada
e muito chuvosa prova de estreia da temporada:
"Acabou
por ser um bom arranque e o resultado pode ser considerado positivo. No começo
fomos talvez demasiado cautelosos, mas depois encontrámos o nosso ritmo. Esta foi
apenas a primeira prova do ano e temos de trabalhar bastante para que as coisas
possam melhorar", disse Ernesto Cunha.
Paulo Caldeira e Carlos Magalhães foram sempre melhorando o andamento ao longo de uma prova considerada bastante dura:
"Foi
um rali muito duro e sempre bem regado com muita chuva. Entrámos com um
andamento cauteloso e depois penso que fomos evoluindo, nunca entrando em
excessos. Vamos tentar aprender com as indicações que tivemos durante toda a prova",
referiu Paulo Caldeira.
Ruben Rodrigues, que este ano vai apostar na totalidade das provas do CPR, estreou em Fafe um Toyota GR Yaris Rally2, contando com o experiente Hugo Magalhães como navegador. Para o campeão açoriano este primeiro contacto com o novo carro acabou por não ser bem conseguido, em parte devido às condições atmosféricas bastante adversas. O abandono já perto do final da prova, devido a problemas no diferencial central, foi um desfecho que não estava nos planos:
"Há
sempre riscos quando se estreia um carro. Estamos todos a descobrir o Toyota,
num processo de desenvolvimento, que ainda agora começou. Durante os testes
gostei do comportamento do carro em seco, mas com chuva e lama as coisas foram
diferentes. Há que continuar a trabalhar e nunca baixar os braços, para que no
futuro as coisas possam correr bastante melhor", concluiu Ruben
Rodrigues.
Na estreia do novo Skoda Fabia Pedro Almeida e António Costa acabaram por abandonar logo na 2.ª especial do rali, com a quebra de um braço de suspensão, depois de um troço inaugural que até foi positivo.
"Entrámos
bem, confiantes e satisfeitos com o comportamento do Škoda Fabia RS Rally2, e
daí estar chateado com este toque que nos atirou para fora de prova, mas a época
vai ser muito competitiva, não só pelos pilotos que chegam do mundial de ralis,
mas também entre nós, os nacionais, e eu quero estar ali, no pelotão da frente", afirmou Pedro
Almeida.
Paulo Neto ainda a recuperar fisicamente, não teve um início de época como pretendia. Com Nuno Mota Ribeiro no banco do lado, a equipa do Skoda Fabia RS Rally2 abandonou na manhã de sábado com um problema na caixa de direção.
"Não
foi a forma ideal para começar o campeonato. Os pisos estavam bons, apesar de
imensa chuva, mas uma pedra na trajetória acabou por estragar os nossos planos.
A quebra de uma peça de pequeníssimas dimensões, acabou por ditar a nossa
sorte. Este ano só não estarei presente no Rali de Portugal, mas vou tentar
fazer as restantes provas do calendário", disse Paulo Neto.
Para
a ARC Sport este não foi o início de época ideal: "Na verdade não
foi o rali que esperávamos, pois sempre trabalhámos para outro tipo de
resultados. Há que continuar a lutar para que as coisas possam correr melhor no
futuro. Quero agradecer a todos os elementos da equipa, pelo esforço enorme que
tiveram", disse Augusto Ramiro.
Fafe, 8 Março 2025